quinta-feira, 19 de dezembro de 2013
quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
GRIOT: GRIOT no SANTO SAMBA, fechando o ano de 2013 com MUITOS AGRADECIMENTOS!
Obrigada, muito obrigada aos meus antepassados, minhas santas almas... Aos orixás, aos mestres ascensionados, aos seres elementais, aos amigos... Os que tão longe... Os que tão perto... os que não conheço, mas que vibram e mandam boas energias, aos companheiros de "TRINCHEIRA!": todos os meus "eres", a povaria do "Boteco do Catharina" e os "CRESPOS dos lagos na OCUPA" rsrs, aos entes queridos e ao MEU AMOR, que está sempre comigo nessa loucura toda, nas "...atividades do dia, Lavar os copos, contar os corpos, E sorrir,A essa morna rebeldia."
Que o UNIVERSO conspire para que 2014 seja repleto saúde e prosperidade para todos!
segunda-feira, 16 de dezembro de 2013
Ativistas anti-racistas lançam maniifesto e o site Quilombação
Quilombaço - http://quilombacao.wordpress.com/
No dia 14 de dezembro último, mais de 120 ativistas anti-racistas participaram do Encontro “Clóvis Moura” de ativistas contra o genocídio da população negra. O evento foi realizado na Escola de Comunicações e Artes, promovido pelo Celacc, Círculo Palmarino e Instituto Luiz Gama.
O encontro foi uma homenagem ao professor Clóvis Moura, sociólogo especialista na discussão das relações etnicas no Brasil, autor de obras como “Rebeliões da Senzala”, “Sociologia do Negro Brasileiro” e “Dialética Radical do Brasil Negro”, falecido há 10 anos. Além disto, foi uma oportunidade de reunir ativistas anti-racistas para aprofundar a discussão sobre as relações étnico-raciais contemporâneas no Brasil sob a perspectiva das teorias marxistas e do pensamento “moureano”.
O formato do evento foi de “roda de conversa”, com intervenções especiais de especialistas e lideranças, como Juarez Xavier (professor da Unesp), Deusdete (assistente social e militante do Círculo Palmarino), Juninho Jr (jornalista e da coordenação do Círculo Palmarino), Dulce Sena (médica, professora da USP e membro do Neinb – Núcleo de Estudos Interdisciplinares do Negro Brasileiro da USP), Patrícia Alves Matos (professora e mestranda da Unesp), Silvio Almeida (professor do Mackenzie e presidente do Instituto Luiz Gama), Neninho de Obaluayê (presidente do Centro de Resistência Java-Angola), Jamyle Brasil (professora e dirigente da Unegro/Rondonia), além deste que escreve
As falas dos expositores foram intermediadas por intervenções culturais, após o coffe-break, os presentes discutiram os temas apresentados.
As falas foram intermediadas com intervenções culturais de artistas do Sarau da Remo, Grupo Cachuera e Sarau Preto no Branco. No final foi lida uma carta do encontro com treze pontos levantados como essenciais para a luta contra o genocídio, além da apresentação do manifesto de criação do Coletivo Quilombação, uma rede aberta que se propõe a juntar e articular ativistas que lutem contra o racismo nesta perspectiva.
A idéia de criação do Coletivo parte do pressuposto que a luta contra o racismo é cotidiana e se desenvolve em todos os espaços sistêmicos ou não sistêmicos. Por isto, é uma luta que se aproxima mais da perspectiva do ativismo, o que gera a necessidade de fortalecimento por meio de informação e formação constante. Uma das análises mais recorrentes no encontro é o esgotamento das possibilidades de ação institucional no combate ao racismo – apesar da importância de estar presente nos conselhos, órgãos governamentais, disputas eleitorais, entre outros, fica nítido que a ausência de um projeto estratégico de superação do sistema social vigente, transforma tal participação em submissão às agendas governamentais, institucionais e/ou partidárias, diluindo a dimensão estratégica do debate racial.
A formação do Coletivo Quilombação é um passo para a criação de um espaço de atuação e discussão política para além destas estruturas. No encontro, outros coletivos, como o Coletivo Negro da USP também se apresentaram, além de grupos culturais e projetos de ação, como o Observatório Popular de Direitos. Novas iniciativas, rodas de conversa, espaços públicos alternativos de debate político podem surgir e contribuir para que se avance na luta pela equidade racial.
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